sexta-feira, 24 de julho de 2009

" THE DOORS "


O The Doors foi formado em 1965, em Los Angeles. Jim Morrison (V) and Ray Manzarek (K) faziam projetos juntos na escola de cinema, quando começaram a se interessar pela música. Depois de tocar com Rick & The Ravens, eles conheceram Robbie Kreiger, um guitarrista de blues de Chicago. John Densmore, o baterista, se juntou logo em seguida.

O nome da banda foi tirado de um livro de Aldous Huxley, "The Doors Of Perception" (As Portas da Percepção). Passaram um ano compondo canções e escrevendo letras. Começaram seus shows. No início, Jim Morrison cantava de costas para a platéia, mas sua timidez foi superada com a ajuda de drogas como LSD, que o deixavam bastante à vontade em cima do palco.

Com a entrada de Doug Labahn no baixo, gravaram o primeiro LP, The Doors, em 1967. "Break On Through" e "Light My Fire" são deste LP. Jac Holzman, da Elektra Records, viu na banda não apenas um grande potencial musical (surguido da cena alternativa de L.A.), mas também um grande potencial monetário.

No final deste ano, lançaram Strange Days, gravado no Sunset Sound Studios. A atitude da banda começou a espantar alguns e a maravilhar outros. Suas letras não eram sobre paz e amor, mas sobre sexo e morte. Não apenas as músicas e as letras eram muito boas, mas as performances da banda (ou melhor, de Jim Morrison) ao vivo conquistavam o público cada vez mais.

Leroy Vinegar entrou no lugar de Doug Labahn para a gravação de Waiting For The Sun em 1968. "Hello I Love You" conseguiu o 2º lugar nas paradas norte americanas. A gravadora, no entanto, começava a criticar o mau comportamento de Jim Morrison. Genioso, o cantor bebia demais, usava muitas drogas, destruía equipamentos e muitos de seus shows acabavam em confusão (seus discursos eram sobre sexo e drogas, e a polícia não gostava).

The Soft Parade de 1969, é o LP mais fraco da banda, apesar de músicas como "Touch Me". O disco traz algumas improvisações de Jazz, mas deixa a desejar. O descontentamento de Morrison é visível e seus shows, um fiasco. Essa fase foi com certeza o início do fim de Jim Morrison.

Para compensar, no ano seguinte lançam Morrison Hotel, quinto LP que fez a banda renascer das cinzas. Nesse ano veio ainda o primeiro e único ao vivo (antes que a banda terminasse): Absolutely Live.

O renascimento da banda continuou com L.A. Woman, de 1971, agora com outro baixista, Jerry Scheff Além da faixa-título, o LP trazia também "Riders on the Storm". Apesar de ser um ótimo disco, a banda não estava unida, Morrison parecia querer ir em outra direção. A tour, que seria a última do The Doors, mostrava um Morrisom decadente (não exatamente nos vocais, mas de modo geral).

Em março de 1971, Jim e sua namorada, Pamela, se mudaram para Paris, a fim de começar uma nova vida. Ambos tinham problemas com o excesso de álcool e drogas. No dia 3 de julho deste ano, esses problemas culminaram com a morte de Morrison. Pamela encontrou-o morto na banheira . Não foi feita nenhuma autópsia, mas a causa da morte é óbvia, decorrente de todo seu comportamento abusivo ao longo dos anos. Uma pena...

O Doors acabou, seus outros integrantes não podiam sobreviver. Apesar disso lançaram ainda dois álbuns: Other Voices (1971) e Full Circle (1972). Não deu certo, e em 1973 os integrantes da banda seguiram em projetos solo, não muito bem sucedidos. Chegaram a formar o Butts Band. Se reuniram ainda em 1978, para gravar An American Prayer. Esse álbum conta com um material que Jim Morrison escreveu no ano de sua morte, para um álbum que sonhava gravar.

Foi lançada uma série com os registros ao vivo da banda no Aquarius Theater em Hollywood, no ano de 1969: “Live at aquarius Theater: The First Performance” e “Live at Aquarius Theater: The Second Performance” e “Backstage and Dangerous:The Private Rehearsal”, sendo que este último nada mais é que um ensaio da banda, ocorrido no dia anterior à primeira apresentação.

Os shows seria reunidos num único álbum ao vivo, que receberia o nome de “Absolutely Live”. A música porém continuou rendendo (fãs e dinheiro). Em 79, a música "The End" foi tema do filme Apocalypse Now.

Algumas bandas tentaram trazer de volta a mágica que o Doors tinha. O resultado porém não chega nem aos pés (projetos como The BackDoors e Mojo Risin). Na década de 80 saíram outros LP's (coletâneas) e em 91 o filme The Doors (com a trilha lançada no mesmo ano) chega aos cinemas para mostrar a vida da banda, rendendo mais coletâneas.

Em 2003, para a surpresa de todos, o tecladista Ray Manzarek e o guitarrista Robby Krieger anunciaram alguns shows pelos Estados Unidos, sob o nome do The Doors, acompanhados por Ian Astbury (The Cult), no vocal, Angelo Barbera, no baixo e Stewart Copland (The Police), na bateria.

Quem não gostou desta história foi o baterista original do grupo, John Densdemore, que entrou com um processo contra seus ex-companheiros por uso indevido do nome da banda. Resta saber se esse novo The Doors, assim como o do passado, também abrirá algumas portas no Rock.

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