sexta-feira, 24 de julho de 2009
" THE CARPENTERS "
Nascidos em New Haven, Connecticut, Estados
Unidos, (Richard Lynn Carpenter em 15 de
outubro de 1946, e Karen Anne Carpenter em 2
de março de 1950), os irmãos Carpenter
mudaram-se com seus pais para a Califórnia no
verão de 1963 e se estabeleceram em Los
Angeles, no subúrbio de Downey. Richard
desenvolveu seu interesse pela música desde
criança, tornando-se um prodígio do piano (ele
próprio declararia mais tarde que gostava muito
de ouvir a coleção de discos de 78rpm de seu
pai). A mudança para o Sul da Califórnia foi feita
com vistas ao favorecimento de sua carreira.
Karen, enquanto isso, não manifestou seus
talentos musicais até a escola secundária,
quando se juntou à banda e logo assumiu a
bateria, após ter tentado infrutiferamente tocar
outros instrumentos musicais.
Durante a metade dos anos 60, Richard e Karen
tentaram lançar uma carreira musical, mas não
obtiveram sucesso até o final dessa década. Em
maio de 1966 Karen se juntou a Richard em
uma sessão musical noturna no estúdio de
garagem do baixista Joe Osborn, onde Richard
estava para acompanhar o teste de uma
vocalista. Quando lhe pediram que cantasse,
Karen o fez e ganhou um contrato de curta
duração como artista-solo no selo de Osborn, o
Magic Lamp. O single produzido incluiu duas
das composições de Richard, "Looking for Love"
e "I'll Be Yours", mas o selo logo acabou.
Durante este período a dupla, com o baixista
Wes Jacobs, formou o Richard Carpenter Trio
em trio de jazz instrumental, que ganhou a
Batalha das Bandas no Hollywood Bowl em
1966, mas foi recusado pela RCA, que duvidou
do potencial comercial da banda.
Os irmãos logo se juntaram a quatro estudantes
de Música da Universidade do Estado da
Califórnia em Long Beach e formaram o sexteto
Spectrum. Embora fizessem apresentações,
não fecharam contrato com nenhuma gravadora.
Mas a experiência se mostrou produtiva:
Richard encontrou em seu colega John Bettis
um letrista para suas composições.
Após o fim do Spectrum, os Carpenters
decidiram continuar como dupla com Richard no
piano, Karen na bateria e ambos como
vocalistas. Contratados para tocar em uma festa
no lançamento de um filme em 1969, a estrela
desse filme, Petula Clark, apresentou-os ao
músico e dono da A&M Records Herb Alpert,
com quem a dupla assinou um contrato pela
gravadora. Seu primeiro disco, Offering, tinha
várias composições de Richard no tempo
Spectrum e uma canção de muito sucesso dos
Beatles, Ticket to Ride, que se transformou em
um sucesso dos Carpenters a ponto de se
tornar o título do álbum outrora denominado
Offering, o que aumentou as vendas.
Os Carpenters estouraram nas paradas de
sucesso em 1970 com a canção de Burt
Bacharach e Hal David, (They Long to Be) Close
to You (do disco de mesmo nome), que atingiu
o topo e nele ficou por quatro semanas. A
gravação seguinte, "We've only just begun",
atingiu o segundo lugar e seu tornou o maior
sucesso da dupla no final de 1970.
Vários sucessos mantiveram a dupla nas
paradas no início da década, como "For All We Know",
"Rainy Days and Mondays",
"Superstar", Hurting Each Other", "It's Going to
take some time" e "Goodbye to Love", "Sing"
Yesterday Once More", dos álbuns Carpenters
(1971), A Song for You (1972) e Now and Then
(1973). "Top of the World" atingiu o topo das
paradas em 1973. O álbum com os melhores
sucessos entre 1969 e 1973 se tornou um dos
mais vendidos da década, com mais de 7
milhões de cópias apenas nos Estados Unidos.
Durante a primeira metade dos anos 1970, a
música dos Carpenters foi um elemento
principal das paradas Top 40. O duo produzia
um som diferente com a voz de contralto de
Karen no vocal principal, e ambos os irmãos nos
vocais de fundo com harmonias densas. Ao seu
papel como vocalista, pianista, tecladista e
arranjador, Richard adicionou o de compositor
em várias canções.
Para promover suas canções, a dupla manteve
uma inacreditável agenda de apresentações e
aparições na televisão. Em 1973, aceitaram um
convite para se apresentar na Casa Branca para
o presidente Richard Nixon e o chanceler da
Alemanha Ocidental Willy Brandt.
A popularidade dos Carpenters freqüentemente
confundia os críticos. Com suas baladas doces
e suaves, muitos diziam que era o som do duo
era meigo, piegas e meloso, enquanto a
indústria fonográfica os premiava com Grammys(foram três).
Entre 1973 e 1974 não houve muito tempo para
lançar material novo. Como resultado, os
Carpenters não lançaram disco novo em 1974.
No início de 1975 fizeram uma versão de um
sucesso dos Marvelettes, "Please Mr.
Postman", que atingiu o primeiro lugar das
paradas mas foi último a tingir esse posição. No
mesmo ano "Only Yesterday" foi lançada, e
entre 1975 e 1976 foram lançados os discos
Horizon e A Kind of Hush. Mas a essa altura as
canções não faziam mais o sucesso de antes,
tanto que "Goofus" nem chegou ao Top 40.
O álbum mais experimental Passage, lançado
em 1977, representou uma tentativa de se
aventurar por outros gêneros musicais com
canções como "Don't Cry for me Argentina" da
"ópera-rock" Evita, "All You Get Form love is a
Love Song", uma mistura de rock latino, com
calipso e pop, além da intergaláctica "Calling
Occupants of Interplanetary Craft", com
acompanhamento de coral e orquestra.
Mesmo com os insucessos na parada
americana, a dupla continuou a ser popular. Em
1978, foi lançado o álbum natalino A Christmas
Portrait se tornou um clássico de Natal (houve
um outro disco natalino, denominado An
Old-Fashioned Christmas, lançado em 1984,
após a morte de Karen). Os Carpenters também
fizeram três especiais de televisão, dos quais
participaram outros artistas como Ella Fitzgerald
e John Denver.
No meio da década de 70, o excesso de turnês
e as longas sessões de gravação começaram a
cobrar caro da dupla o esforço e contribuíram
para as dificuldades profissionais enfrentadas no
final dessa década. Karen fazia dietas
obsessivamente e desenvolveu anorexia
nervosa, a qual se manifestou pela primeira vez
em 1975, quando uma exausta e enfraquecida
Karen foi forçada a cancelar apresentações no
Reino Unido e no Japão. Richard, enquanto
isso, desenvolveu dependência de soníferos, que
começaram a afetar seu desempenho no final
dos anos 70 e levaram ao fim das
apresentações ao vivo da dupla em 1978 e à sua
internação em uma clínica.
No início de 1979, Karen, não desejando
permanecer parada enquanto seu irmão se
recuperava na clínica, decidiu gravar e lançar um
álbum solo com o produtor Phil Ramone em
Nova York. Seu disco (Karen Carpenter) tinha
um estilo mais adulto e disco, em um esforço
para mudar sua imagem. O resultado do projeto
teve uma recepção morna de Richard e os
executivos da A&M Records e no início de 1980
Karen primeiramente hesitou, abandonando por
fim seu disco solo, que seria lançado apenas
em 1996, 16 anos depois, 13 após sua morte.
Karen preferiu lançar outro disco com Richard
(já recuperado da dependência de soníferos),
que se transformou no álbum Made in America, lançado em 1981.
Os problemas pessoais, entretanto, diminuíram
as possibilidades de um retorno às paradas e
Karen teve um casamento que não deu certo
com Thomas Burris, a separação ocorreu um
ano depois. Em 1982, Karen foi a Nova York
procurar tratamento com o psicoterapeuta
Steven Levenkrom para suas desordens
alimentares decorrentes da anorexia nervosa,
voltando naquele mesmo ano disposta a refazer
sua carreira. Ela rapidamente ganhou 5 quilos
em uma semana, o que aumentou os danos a
seu coração, resultado de anos de dieta e
abusos (especialmente - conforme se diz - com
o uso do Xarope de Ipecac, um forte emético -
para induzir vômito). Em 4 de fevereiro de 1983,
Karen sofreu uma parada cardíaca na casa de
seus pais em Downey e teve sua morte
declarada no Hospital Memorial de Downey aos
32 anos. Karen, vestida de rosa, foi posta em
um caixão aberto. Entre os que foram ao seu
funeral estavam suas melhores amigas, Olivia
Newton-John e Dionne Warwick.
Após a morte de Karen, Richard continuou a
produzir canções da dupla, inclusive muito
material inédito e várias coletâneas, tendo
lançado o disco Voice of the Heart no final de
1983. Sua dedicação em proteger a imagem dos
Carpenters e o legado de gravações gerou
muitas críticas, principalmente quando ele
impediu em 1987 o lançamento do
curta-metragem Superstar: a História de Karen
Carpenter, de Todd Haynes, que se utilizou de
bonecas Barbie para mostrar a morte precoce
de Karen. Embora a crítica tenha dito que tudo
foi mostrado de forma um tanto compassiva, a
história mostrada não é nada favorável à família,
retratada de forma desagradável. Richard obteve
sucesso em proibir a execução do curta com
base na violação dos direitos autorais das
canções, usadas sem permissão.
Um telefilme de 1989, A História de Karen
Carpenter, produzida com a ajuda de Richard
teve audiência na época de seu lançamento.
Nesse ano, foi lançado o disco Lovelines, com
canções que não entraram nos discos
anteriores e do disco-solo de Karen, que como
já foi dito, seria lançado em 1996, sob o título Karen Carpenter.
Muitas das canções dos Carpenters são
populares ainda hoje, tais como: "Close to You",
que é cantada em bares de karaokê e "We've
only just begun" continua popular em
casamentos. A dupla ainda marcaria presença
em duas trilhas sonoras de novelas brasileiras:
"I Need To Be In Love" foi tema da personagem
Lina (Renata Sorrah) na novela O Casarão, em
1976; e "Make Believe It's Your First Time"
embalava a história de Liliane, personagem de
Cristina Mullins na novela Voltei Pra Você, em 1983.
Hoje, Richard Carpenter vive com sua esposa,
Mary Rudolf-Carpenter e suas quatro filhas em
Thousand Oaks, Califórnia e o casal se tornou
grande fomentador da produção artística na
cidade. Richard é também colecionador de
carros antigos que são ganhadores de concursos.
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