sexta-feira, 21 de agosto de 2009

" JEFFERSON AIRPLANE "



Jefferson Airplane foi uma banda estado-unidense de rock psicadélico formada em São Francisco no verão de 1965, uma pioneira do movimento musical psicodélico. Várias encarnações posteriores do grupo original continuaram a tocar sob nomes diferentes, um reflexo do passar dos anos e da formação da banda. Foram eles Jefferson Starship, mais tarde somente Starship e posteriormente Jefferson Starship The Next Generation.
Suas canções mais famosas como Jefferson Aiplane são "Somebody To Love", de 1966,"White Rabbit", de 1967; como Starship são "Sara", de 1985, e "Nothing's Gonna Stop Us Now", de 1987.
A banda foi formada na costa oeste dos Estados Unidos durante o verão de 1965 no que foi posteriormente considerado o estouro da cena folk de São Francisco. O cantor Marty Balin reuniu-se com o músico folk Paul Kantner, o guitarrista de blues Jorma Kaukonen,

a vocalista de jazz e folk Signe Toly Anderson, o baterista Jerry Peloquin e o baixista Bob Harvey. A inspiração do grupo eram

bandas como The Beatles, The Byrds e The Lovin' Spoonful.

Sua primeira aparição pública foi em 13 de agosto de 1965, no clube The Matrix em São Francisco. Peloquin era um músico

experiente, cuja rejeição ao uso de drogas por parte dos outros membros da banda acabou o tirando da banda logo algumas

semanas após o início do grupo. Skip Spence então o substituiu na bateria. A banda gradualmente desenvolveu um som mais

elétrico que levou à substituição de Harvey por um amigo de infância de Kaukonen, Jack Casady, em outubro de 1965. No mesmo

ano assinaram com a RCA Victor e gravaram o álbum lançado no ano seguinte, Jefferson Airplane Takes Off, bastante inspirado pela

música folk.

No ano seguinte Spence foi substituído pelo baterista de jazz Spencer Dryden, e Anderson deu lugar à cantora Grace Slick,

anteriormente do grupo The Great Society, também de São Francisco. Slick trouxe à banda sua poderosa voz contralto, bem

combinado coma música psicadélica do grupo, como evidenciado em canções como "White Rabbit" (de sua autoria) e "Somebody to

Love" (autoria de Darby Slick, do The Great Society).

A transição para a notoriedade nacional começou com a aparição no Festival Pop de Monterey em junho de 1967. O festival levou

bandas de diferentes cenas incluindo Nova Iorque, São Francisco, Los Angeles e Reino Unido, e a cobertura da televisão deu

exposição internacional aos grupos. Tais bandas também participaram em diversos programas de televisão, como o The Ed Sullivan

Show. A famosa aparição do Jefferson Airplane no programa televisivo de Ed Sullivan apresentando "White Rabbit" é notável pelo uso

pioneiro do chroma key para simular a iluminação psicodélica das apresentações ao vivo da banda.

O grupo se manteve estável até 1970, tendo gravado mais cinco álbuns. O primeiro deles, Surrealistic Pillow (1967), incluía as

canções clássicas "White Rabbit" (inspirada pela droga LSD, extremamente popular em São Francisco, em Bolero de Maurice Ravel

e Alice no País das Maravilhas de Lewis Carroll) e "Somebody to Love". O nome do álbum foi sugerido por um dos produtores do

álbum, Jerry Garcia, que mencionou que, de forma geral, o álbum era tão surrealista quanto um travesseiro. Garcia foi listado nos

créditos do álbum como conselheiro espiritual.

Ainda em 1967, a banda mergulhou no acid rock com o álbum After Bathing at Baxter's, que continha grandes suites, demonstrando

a qualidade de grupo com o rock psicodélico. Crown of Creation (1968) foi um álbum transitório, mais estruturado que o anterior. Inclui

a canção "Lather" de Grace Slick, especulada ser para o baterista Spencer Dryden, com o qual supostamente teria um caso. No

mesmo ano, o Jefferson Airplane lançou Bless Its Pointed Little Head, registrando uma apresentação ao vivo no The Fillmore. Em

1969 lançaram Volunteers, um álbum mais político, com destaque para as canções "We Can Be Together", "Good Shepherd" e

"Wooden Ships". Esta última, que Paul Kartner escreveu juntamente com David Crosby e Stephen Stills, foi gravada tanto pelo

Jefferson Airplane quanto por Crosby, Stills & Nash. Como ambas as bandas lançaram a canção no mesmo ano e foi escrita por

membros de ambas as bandas, ambas as versões são consideradas como originais.

A banda se apresentou no Festival Woodstock em agosto de 1969. Em dezembro do mesmo ano apresentaram-se no concerto na

estrada de Altamont na Califórnia. O concerto, liderado pelos The Rolling Stones, foi marcado pela forte violência, como o incidente

Gimme Shelter, que levou à morte do adolescente negro Meredith Hunter, fatalmente agredido em frente ao palco pelos Hell Angels

(que haviam sido contratados como seguranças) sob alegação de ter sacado um revólver durante a apresentação dos Stones.

Apesar da banda ter lançado seu maior álbum de compilação em 1970, The Worst of Jefferson Airplane, suas únicas novas canção

naquele ano foram disponibilizadas no compacto Mexico. O lado A contava com críticas ao presidente Richard Nixon e suas ações

para combater a entrada de maconha nos Estados Unidos. O lado B marcou o início de uma obsessão de Paul Kartner pela ficção

científica, que ele iria explorar pelo resto da década.

Balin decidiu deixar a banda logo após o lançamento do compacto. Logo após Kantner e Slick demitiram Dryden do grupo. Lançaram

então Bark em 1971 e Long John Silver em 1972. Ambos os álbuns foram lançados pelo selo da própria banda, Grunt, que continuou

a ser distribuído pela RCA. O grupo substituiu Dryden por Joey Covington (que já havia participado no vocal do compacto Pretty as

You Feel, de Bark). O legendário violinista Papa John Creach também reuniu à banda no início da década de 1970.

Durante esse tempo, Kaukonen e Casady começaram o projeto paralelo Hot Tuna, uma exploração do blues tradicional. Lançaram o

álbum acústico Hot Tuna em 1970, e o elétrico First Pull Up-Then Pull Down no ano seguinte. Com o tempo, os dois músicos

passaram a se dedicam mais ao novo projeto que ao Jefferson Airplane. Na canção "Third Week In The Chelsea" de Bark, Kaukonen

detalha seus pensamentos em deixar a banda.

O segundo álbum ao vivo da banda foi Thirty Seconds Over Winterland (1973), e é lembrado por sua capa, um esquadrão de

torradeiras voadoras. Em 1974, uma coleção de material restante foi lançado como Early Flight, o último álbum oficial do Jefferson

Airplane.


[editar] Jefferson Starship
Durante o período de transição no início dos anos 1970, Paul Kantner gravou Blows Against the Empire, um álbum conceitual

contando com a presença de um grupo de músicos o qual ele chamou Jefferson Starship. Essa formação incluia músicos das

bandas Crosby, Stills, Nash & Young (David Crosby e Graham Nash), Grateful Dead (Jerry Garcia, Bill Kreutzman e Mickey Hart) e

outros remanescentes do Jefferson Airplane (Slick, Convigton e Casady). Em Blows Against the Empire, Kantner e Slick cantaram

sobre um grupo de pessoas escapando da terra em uma espaçonave seqüestrada.

Kantner e Slick (com um grupo similar de músicos, mas sem os direitos autorais de Jefferson Starship) lançaram os álbuns

Sunfighter (lançado em 1971 para celebrar o nascimento da China) e Baron von Tollbooth & The Chrome Nun (lançado em 1973).

Ainda em 1973, Slick lançou Manhole, seu primeiro álbum solo.

Kantner é creditado pela descoberta do guitarrista adolescente Craig Chaquico durante essa época, que apareceu em Sunfighter e

em outros trabalhos com Kantner e Slick. Posteriormente, Craig embarcou em careira solo de jazz.

Em 1973, com Kaukonen e Casady devotados ao Hot Tuna, os músicos da nova formação do Airplane reformularam-se como

Jefferson Starship, em 1974. Kantner, Slick e Freiberg membros oficiais. A formação ainda incluía o baterista John Barbata, o

violinista Papa John Creach (que já havia tocado com o Hot Tuna), Pete Sears e o guitarrista Craig Chaquico. Balin se juntou à banda

durante as gravações do primeiro álbum, Dragon Fly. Sua única contribuição a essa nova fase foi na balada "Caroline", se mantendo

com o grupo até o final da década. Essa formação se mostrou a mais bem sucedida da banda comercialmente, apesar de alguns dos

fãs da bandas estarem infelizes com a nova direção da banda. A sofisticada balada "Miracles" de Balin, do álbum Red Octopus

(1975) atingiu disco de platina. Os sucessores Spitfire (1976) e Earth (1978) também foram muito bem sucedidos.

O problema de alcoolismo de Slick tornou-se um problema para a banda, o que levou a duas noites desastrosas em concertos na

Alemanha em 1978. Na primeira noite os fãs se revoltaram por Slick não ter conseguido se apresentar. Na noite seguinte,

completamente bêbada, Slick chocou a audiência profanando e fazendo referências sexuais na maioria de suas canções. Ela ainda

lembrou o público que seu país havia perdido a Segunda Guerra Mundial, perguntando repetidamente "Quem ganhou a guerra?",

responsabilizando todos os alemães pelas atrocidades da guerra. Após esses ocorridos ela deixou a banda.

No final de 1978, agora sem Grace Slick, o Jefferson Stairship gravou Light the Sky on Fire para o seu álbum de compilações Gold. O

álbum, que mostrava o trabalho da banda de 1974 à 1978, foi lançado no ano seguinte. Logo após o lançamento Balin deixou o grupo,

sendo substituído pelo vocalista Mickey Thomas. O som de falsettos do novo vocalista levou o som da banda ao hard rock, levando a

comparações com a banda Journey, o que foi potencializado pelo fato do antigo baterista do Journey, Aynsley Dunbar, ter substituído

Barbata, que havia se envolvido em um acidente de carro.

Após o lançamento de 1979 Freedom at Point Zero (que lançou o grande hit "Jane"), Grace Slick voltou à banda, a tempo de contribuir com uma canção, "Stranger", no próximo álbum do grupo, Modern Times (1981). O álbum ainda contava com "Stairway to Cleveland", no qual a banda defende as inúmeras mudanças ocorridas em seu estilo musical, pessoal e até do nome. Slick se manteve com o grupo em seus últimos dois álbuns, Winds of Change (1982) e Nuclear Furniture (1984). Nessa época a banda começou a abraçar a era do rock pela televisão. Grace Slick apareceu frequentemente na MTV e programas de música como Solid Gold, dando à banda grande visibilidade na era MTV. Apesar disso, os dois últimos álbuns do Jefferson Stairship tiveram sucesso modesto.

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